segunda-feira, 19 de março de 2012

Praias da Amazônia - Ponta do Curuatatuba - Santarém, Pará


PRAIA DO CURUATATUBA
       A praia do Curuatatuba é uma extensão de areias, nas margens do rio Tapajós, município de Santarém, que tem como característica a formação, durante o período da estiagem amazônica, de uma ponta de areia belíssima que rodeia um remanso e represa um pequeno lago.
       Esta costa pode ser acessada por terra, a poucos minutos da cidade, através de um restaurante ou por barco.
       O lugar é rodeado de chalés particulares, sendo que seus habitantes procuram preservar sua beleza natural.
       Neste local é frequente o uso do jet-sky e pode-se receber aulas e orientações sobre o manejo de vários esportes aquáticos.

Bicho do Amazônia - Guará - Eudocimus ruber


GUARÁ OU IBIS RUBRA
      Pássaro originário do continente americano, também chamado íbis escarlate, o guará é encontrado nas áreas da Amazônia próximas ao oceano Atlântico.
      No norte do Brasil, esta ave vive em bando, faz seus ninhos nas copas das árvores, à beira dos manguais e lamaçais litorâneos, em colônias integradas a biguás e garças. São aves sociáveis e gregárias, pescam e descansam juntas. Deslocam-se conforme a necessidade de comida que encontram. São avistados em pântanos, estuários e praias se alimentando de insetos, vermes, anfíbios, répteis, vegetais e, principalmente, do caranguejo chama-maré “Uca maracoani”.
      Os machos desta espécie são um pouco maiores que as fêmeas. A ave adulta mede aproximadamente 58 cm, apresenta pescoço comprido, bico pardo, longo, fino e recurvado para baixo, calda curta e cheia e as extremidades das asas pretas.
      Na época da reprodução, o período das chuvas, os machos mudam a coloração do bico para negro e seu colorido vermelho fica mais intenso. A fêmea coloca dois ou três ovos de cor esverdeada tingido por manchas marrons. O filhote nasce com plumas brancas, que mudam para a cor cinza ou castanha. Só por causa da alimentação rica em carotenoide existente nos crustáceos que ingerem, os adultos transformam suas penas e ostentam um tom lindo de vermelho-rubro vivo.
      A construção do ninho e a incubação dos ovos são feita pelo casal e o chôco demora cerca de 23 dias. Os filhotes abandonam o ninho com três semanas, quando voam ainda apresentando cores neutras.
      Na natureza, esta ave pode viver mais de 20 anos. Quando em cativeiro, devido a mudança da alimentação, o guará perde a cor encarnada e fica com penas cor-de-rosa.

THRESKIONITHINAE - Eudocimus ruber 

Praias de Amazônia - Grande de Salvaterra - Marajó, Pará


PRAIA GRANDE DE SALVATERRA
       A Praia Grande de Salvaterra fica dentro da cidade, nas margens do lago Caraparú, na região do Marajó.
      Suas margens são cerca de dois quilômetros de areias brancas, banhadas por águas doces, que provocam ondas e sofrem a influencia da maré diária, deixando por várias horas muitas pedras expostas.
      Esta é a praia principal da cidade de Salvaterra. Possui uma ótima infraestrutura em estradas, bares, restaurantes e pousadas.

Praias da Amazônia - Pesqueiro - Soure, Marajó


      PRAIA DO PESQUEIRO
      A praia do Pesqueiro fica no município de Soure, nas margens do rio Paracauari, na região do Marajó, Pará, Brasil.
      Esta costa possui aproximadamente três quilômetros de areias brancas e sofre a influencia da maré diária.
      Suas águas variam entre salgadas e doces, dependendo das enchentes. Durante o inverno amazônico, quando o volume do rio empurra a água do mar, esta praia fica com água pouco salina, quase doce. No período de estiagem, a força rio-mar se altera, e a praia passa a ser banhada por água salgada.
      Nesta estação seca é interessante observar a chegada de grande quantidade, das aves pescadoras, como guarás e garças, que vem atrás dos diferentes tipos de peixes e crustáceos marinhos, que reaparecem na região.

Bicho da Amazônia - Tracajá - Podocnemis unifilis


TRACAJÁ
      O tracajá, um quelônio originário da América do Sul, habita as margens dos cursos d’água das florestas tropicais, sendo encontrado com frequência tomando banho de sol nos troncos caído à beira dos rios de águas escuras e correntezas fracas.
      Este tipo de tartaruga é onívoro, não possui dentes, mas uma placa óssea que serve como lâmina, e se alimenta principalmente de sementes, folhas, frutos, raízes, insetos, moluscos e crustáceos.
      Este réptil tem porte médio, chegando a 45 cm e pesando em torno de 8 kg quando adulto. Apresenta casco de cor negra, ovalado e levemente convexo, cabeça alongada e focinho saliente. Ao nascer trás manchas amareladas bem evidentes na parte dorsal da cabeça e nas placas marginais de revestimento.
       O tracajá apresenta dimorfismo sexual, onde os machos são menores que as fêmeas, e possuem a carapaça mais estreita e a cauda mais comprida e grossa. As fêmeas adultas mudam o colorido alaranjado da cabeça por manchas de tom marrom ferrugem e alguns machos podem perder completamente seu padrão de cor.
       Na época da postura, no período da estiagem, quando o nível das águas baixa e aparecem às praias, a fêmea desova isoladamente em barrancos, margens dos rios e lagos, onde põe em média 20 ovos. Os ovos são chocados pelo calor do sol e os filhotes nascem independentes, sem nenhum apoio dos pais.
       O tempo de choco é de aproximadamente 70 dias, dependendo da temperatura e da umidade do ninho. O sexo dos filhotes é determinado pela temperatura de incubação: acima de 32°C nascem fêmeas e abaixo, machos.
       Este cágado atinge a maturidade sexual com aproximadamente 7 anos e pode viver mais de 90 anos.

 PODOCNEMIDIDAE - Podocnemis unifilis

Bicho da Amazônia - Jabuti Tinga - Chelonoidis denticulata


JABUTI TINGA
      O jabuti tinga, um quelônio originário da Amazônia, habita as florestas densas e úmidas e é a maior espécie de tartaruga terrestre da América do Sul.
      No norte do Brasil, estes animais possuem hábitos diurnos e gregários. Vivem em bando e gastam muito tempo procurando alimento. São onívoros, não possuem dentes, mas uma placa óssea que serve como lâmina, e se alimentam principalmente de frutas, flores, carniça, minhocas, moluscos, lemas e gramíneas.
      Como a maioria dos répteis, o jabuti tinga é ectotérmico e necessita do calor do ambiente para elevar a sua temperatura corporal.
      Este animal tem casco convexo, patas curtas, grossas, sem dedos e com unhas fortes. Traz o corpo adaptado para caminhar por locais secos e para cavar tocas rasas, próximo a troncos ou folhas onde se esconde.
      Sua carapaça é uma estrutura óssea formada pelas vértebras do tórax e pelas costelas. É alongada, alta e apresenta polígonos de centro amarelo, com desenhos em relevo, onde os anéis de crescimento são distintos. Sua cabeça e as patas são retráteis e recolhem-se ao casco, buscando proteção quando é molestado.
      O jabuti tinga apresenta as escamas da cabeça e pernas amarelas, nariz preto e coloração do casco mais claro que a do jabuti piranga.
      O seu tamanho médio é 40 cm. Os machos crescem menos que as fêmeas, que podem ultrapassar os 70 cm e pesar mais de 30 kg.
      Este tipo de animal possui dimorfismo sexual, onde o plastrão (parte de baixo), nos machos é côncavo e nas fêmeas é reto ou convexo, sendo usado para encaixar a fêmea por ocasião da cópula.
      Os jabutis disputam a fêmea, brigando, recolhendo a cabeça e batendo repetidamente seus cascos um nos dos outros. Durante a corte este quelônio cheira a região cloacal da candidata, depois sobe em sua carapaça e com a ajuda da cauda introduz o pênis na cloaca da companheira. Os machos maiores, por causa do seu peso têm melhores chances de fertilizar a fêmea, que costuma movimentar-se, tentar desvencilhar-se, rejeitar muitos pretendentes e colocar ovos não fecundados.
      Durante a cópula, o macho movimenta a cabeça, emite grunhidos, caminha encaixado sobre a fêmea, arrastando-a no chão e expondo o pênis que entra em contato com o solo.
      Na época da postura, a fêmea cava um buraco no chão, num local que bate sol e onde a terra tem consistência mole que lhes permite cavar. Sem  camuflar o lugar, põe cerca de 10 ovos redondos e brancos, e cobre-os com terra ou areia. Os ovos são chocados pelo calor do sol e os filhotes nascem independentes, sem nenhum apoio dos pais.
       O tempo de choco dos ovos é de 6 a 9 meses, sendo que menos de 50% produz embrião, que nascem com reserva vitelínea presa no abdome, o que  permite aos jabutizinhos passar um mês sem qualquer alimentação, a não ser água.
       Os filhotes de jabuti tinga surgem com o casco mole, apresentando dentículos nas bordas das escamas marginais da carapaça, que perdem durante seu desenvolvimento.
      Este cágado atinge a maturidade sexual com aproximadamente 5 anos e pode viver mais de 80 anos.
      É comum, o jabuti tinga selvagem invadir os quintais dos caboclos, na época das chuvas, quando vêm a procura de alimentos, atraído pelo cheio que as frutas podres exalam ao caírem no chão, principalmente, atrás de pajurás, pupunhas, araças e jacas.
      Os cágados são grandes dispersores de sementes, pois aproximadamente, 90% das sementes que consomem tornam-se aptas à germinação. Eles fazem o serviço de um jardineiro e tem uma importante contribuição na recuperação da flora natural.
      Estudos, feitos pelo IBAMA, demonstram que mesmo jabutis que viveram muitos anos presos, podem ser facilmente reabilitados e soltos novamente na natureza.
 TESTUDINIDAE - Chelonoidis denticulata