“NO
MUNDO DAS MULHERES DO NORTE” é um romance histórico amazônico que
combina realidade e ficção numa narrativa escrita pelo ponto de vista
feminino, que utiliza a Amazônia dos meados do século XIX como pano de
fundo.
Este conto descreve as aventuras de mulheres de diferentes raças que
sobrevivem no ambiente inóspito e selvagem da imensa floresta. Cada
livro desenrola a história de três gerações de uma mesma linhagem. A
paisagem, os costumes, a família tradicional, as lutas dos homens na
mata e a busca de riqueza e melhoria de vida são mescladas ao dia a dia
de mulheres que descobrem novos amores e reacendem antigas paixões.
Combates sangrentos entre brancos e índios; construção da ferrovia
Madeira-Mamoré; abolição da escravatura; ciclo da borracha: tesouros
escondidos, juras de sangue, ouro e maldição. Tudo isso faz desta
narrativa uma mistura emocionante entre ação, reflexão e entretenimento.
O capítulo I, “A PORTUGUESA”, tem como personagem principal
Angelina Fragoso, uma enfermeira que depois da perda do noivo, viaja de
Portugal para o Brasil com a finalidade de ajudar os padres
franciscanos. No Brasil esta mulher voltará a se apaixonar, desta vez
por um fazendeiro, mas terá de casar com o cunhado por causa da morte da
irmã caçula e de sua promessa de cuidar da sobrinha recém-nascida.
Enquanto sobrevive num sítio do Marajó, esta lusitana auxiliará os
negros fugitivos e romperá vários preconceitos europeus, construindo um
ambulatório e usando seus conhecimentos de medicina para auxiliar todas
as pessoas que a procuram, inclusive prostitutas, caboclos, escravos e
principalmente grávidas.
O capítulo II, “A NATIVA”, discorre sobre a saga de Pequeri dos
Papagaios, indígena pertencente a uma tribo pacífica, instruída desde o
nascimento para servir de esteio e promover a harmonia entre sua
família, que vê-se coagida a casar com um adolescente pertencente a um
clã agressivo e precisa se adaptar a conviver com as tradições e rituais
de violência. Este tópico apresenta os costumes de algumas tribos da
etnia Aruak, Karib e Tupi-Guarani, além de narrar o trabalho nos
seringais do Acre, a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, o confronto
entre brancos e índios e a tentativa de escravização dos nativos.